quinta-feira, 14 de março de 2013

O teste

 
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“Cada vez que achamos que não temos mais o que aprender são nossas fraquezas e não nossas forças que serão testadas.”
Essa frase eu encontrei esses dias dentro de um caderno, junto com alguns outros rabiscos.
Não lembro se foi retirada de um livro, se eu mesma escrevi ou se foram as lições do meu Mestre. Gosto de pensar que foi um dos importantes ensinamentos que eu continuo recebendo do meu Mestre... aqueles que pegamos no ar, em uma conversa ou mesmo em uma brincadeira.
Sei que quando reli, senti as palavras queimarem em minhas retinas, e fogo se alastrou, enchendo o meu coração de alegria e – de repente – minha alma ficou em paz.
“É isso” - pensei.
E então todas as longas discussões sobre o ego, a Tradição e o “ser” ao invés do “mostrar algo que não se vive, que não se é” vieram à tona.
Quantas vezes não achamos que somos nós e não os outros que têm algo a ensinar? E lamentamos pelo reconhecimento que não é dado e o tempo perdido que nunca mais será recuperado.
Bom, astrologicamente falando, Saturno está com toda sua força; ou seja, as máscaras vão caindo, pessoas e coisas são retiradas de nossas vidas... uma limpeza justa e necessária para que possamos enfrentar nosso maior inimigo: nós mesmos e o equilíbrio que insiste em não se manter.
Como é de se esperar, a auto-confiança é um elemento indispensável a quem quer seguir a magia e, principalmente, desenvolver (e despertar) a Alta Magia.
Entretanto qual o ponto que distingue a coragem da imprudência, a sabedoria da ignorância, a vontade do desejo?
Talvez não exista uma única resposta a este questionamento, mas com certeza existem algumas dicas dos antigos Mestres, que podemos resumir na ideia de que o que realmente importa é o hoje, o agora.

Não esperar pelo momento certo, fazê-lo acontecer.
Não esperar aplausos, mas fazer o melhor para ter orgulho de si mesmo.
Não esperar pelo outro, agir consciente em busca da realização concreta.

Don Miguel Ruiz, em esplêndida obra sobre o agir correto segundo a filosofia tolteca, resume a ética do ser que busca a sua divindade em 4 compromissos (que dão nome à sua obra):

1) Seja impecável com sua palavra.
2) Não leve nada para o lado pessoal.
3) Não tire conclusões.
4) Dê sempre o melhor de si.

Compromissos simples, mas que firmam os nossos pés no chão, no presente. Que nos traz de volta à nossa condição de que somos todos buscadores nessa caminhada, que podemos sempre aprender um pouco mais, e que dar o nosso melhor é uma excelente forma de sermos cada vez melhores.

Evoé!

NFT

2 comentários:

Yuri disse...

Ótimo texto, gostei da forma que você escreve, vou acompanhar seu blog.

Saber que sempre podemos melhorar um pouco mais e nos aperfeiçoarmos, aprender com qualquer pessoa e que a oportunidade de aprendizado esta em todo canto facilita muita a nossa vida.

Néftis Nebet-Het disse...

Yuri, nessa caminhada somos todos Mestres, mas também aprendizes, e isso é o que torna tão maravilhosa nossa existência compartilhada.