Iniciando setembro, já sentimos no ar (embora ainda um pouco gélido pelos aqui pelos pampas gaúchos) uma nova energia, uma essência diferenciada, quase como se recebêssemos um sorriso do Cosmos a cada novo amanhecer.
A partir do entendimento de que nós não Estamos
na Natureza, mas sim que nós Somos a Natureza, essas mudanças
também começam a se operar dentro de nós, de fora para dentro, e,
principalmente, de dentro para fora.
As ideias, que antes estavam sendo planejadas, arquivadas, estruturadas, organizadas, agora parecem que querem alçar voo. O tão aguardado setembro chegou! Com ele, a primavera e todas as festividades que englobam o tão sagrado período de fertilidade da Grande Mãe.
Nos aproximamos de Ostara (no HS), e a Deusa Eostre surge para nos ensinar o respeito por todas as coisas vivas e, principalmente, os cíclicos recomeços e renascimentos, com base no próprio ciclo da Terra.
É momento de ver brotar aquilo que plantamos, ver desabrochar a flor ou o espinho.
É, literalmente, o início de uma nova era dentro do espaço-tempo que vivemos, o Agora.
Na magia, sentimos renovadas a força feminina, do oculto que se mostra e do visível que se esconde, os mistérios da bruxa, da feiticeira, que vê a chegada do seu momento, do seu ápice, do seu reinado sobre a Terra.
Assim, podemos aproveitar a força da Deusa para cultuá-la de acordo com as nossas intenções e direcionando para o que queremos desenvolver magickamente.
Não apenas as mulheres devem fazer a reverência às Deusas, mas os homens também, lembrando de que a partir do princípio do gênero, para todo feminino, há um masculino, e se somos todos um, os homens também devem desenvolver seu aspecto yin, oculto, emotivo, a coluna da esquerda, para que assim possa caminhar em equilíbrio.
Dentre as inúmeras deusas da primavera (Brighid, Eostre, Flora, Freya, Cibele, entre outras), é um especial momento para se reverenciar Perséphone, que em seu aspecto donzela também é conhecida como Core.
Perséfone foi a Deusa escolhida para esta postagem, tendo em vista o seu duplo aspecto de donzela e senhora dos mistérios, Deusa da vida, da morte e do renascimento, os aspectos que devemos reverenciar neste momento.
O trecho abaixo foi retirado do blog http://annaleao.blogspot.com.br/2008/09/persfone-deusa-da-primavera-e-rainha-do.html, e nos faz recordar da importância da referida deusa.
Filha de Zeus e Deméter, esta jovem Deusa grega, enquanto colhia flores, é raptada por Hades, o Deus do Mundo Subterrâneo.Jacinto foi a flor que seduziu Perséfone atraindo-a ao local onde a terra se abriu, surgindo Hades em sua carruagem dourada, puxada por cavalos imortais.Contra a sua vontade Perséfone foi levada ao Submundo. Seus gritos não foram ouvidos por nenhum Deus ou mortal, exceto pela Deusa Hécate que os ouviu de sua caverna.
Deméter, Deusa da colheita, da fertilidade e dos grãos, ao perceber o sumisso de sua filha sai a sua procura. Muito triste e lamentosa, sua luz e alegria vão se extinguindo dando lugar a sua ira, o que provoca a seca e o frio na Terra.
Finalmente ao saber por Hécate o paradeiro de Perséfone, Deméter vai até Zeus pedindo que ele interceda junto a Hades para devolver sua filha.
Devido aos apelos da Deusa da fertilidade e às condições que provocou na Terra, Zeus intervem, mesmo tendo dado Perséfone a Hades como parte de um acordo, sem o conhecimento de Deméter. Mas o retorno de Perséfone não pode ser completo. Como já havia comido o fruto do mundo dos mortos, a romã, a Deusa não pode passar mais de seis meses no mundo dos vivos.
Perséfone volta à Terra trazendo com ela a Primavera, mas volta ao Submundo no período de Outono e Inverno.
Kore é outro nome dado à Perséfone para a sua fase Donzela, enquanto nela reina apenas a inocência. Pois ao dar entrada no Submundo e se tornar esposa de Hades, ela se torna a rainha e governante desse mundo junto com o seu Deus. Perséfone amadurece, ganha força e conhecimento.
Como muitas outras Deusas, Perséfone é uma Deusa da vida, da morte e do renascimento. É regente tanto da luz quanto da sombra. Senhora da magia e dos conhecimentos ocultos, ela personifica a força intrínseca e profunda da mulher.
Anna Leão.
Aproveitemos para festejar este novo ciclo, esta
nova era, única e individual, de fazer crescer e florescer nossos
projetos, ideias e magia!
Damos as boas vindas à energia feminina, à
energia de Perséfone, e que a nossa força seja multiplicada neste
período de fertilidade, com o poder da Grande Mãe em nosso
caminhar.
Evoé!
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